domingo, 23 de março de 2008

O Encontro inevitável

Encontrei-me com o mar enquanto dormia sob a mais bela noite, estrelada e de lua cheia, uma noite perfeita para amar, tudo se deslocava para que algo de muito bom acontecesse, parecia que estava dia, e ao som de uma guitarra e de um violino adormeço, embalado pelo belo diálogo conjugado entre os dois, foi o som mais belo que ouvíra, mas adormeço e dou comigo perdido no meio do nada sem me lembrar de nada, sem saber nada, mas com enorme vontade de viver, em profunda paz e alegria, com amor, saúde e carinho.

Fechei os olhos e pensei na minha casa à beira-mar, pensei em como era feliz e agora estava sozinho porque me deixara adormecer na esperança de mais e melhor, ambicionava ter o mundo, ser capaz de tudo, foi então que senti a mais bela brisa a bater-me na cara, uma brisa que me fez abrir os olhos e correr à procura de vida, procurava-a no meio do nada, e nada encontrei, esgotado de tanto procurar desmaiei e senti que algo me envolvia os pés, era frio mas reconfortante pois senti a vida que procurara.

Acordei, estava à beira-mar com um silêncio rompido apenas pelo barulho da ondulação que me batia nos pés, abri os olhos e vi as estrelas, a lua, o céu. Levantei-me e reparei que estava à beira de casa, entrei e encontrei apenas um bilhete dizendo que eu tinha feito a minha escolha, nesse instante reparei que perdera tudo, embora tivesse todos os bens materiais, não tinha o que preenchia o meu coração. Não dei o devido respeito, atenção, carinho e perdera as coisas mais belas que alguma vez existiram, mesmo que não lhes desse o devido respeito ou as amasse de forma compreensível, elas sempre me apoiaram e agora … agora não as tenho.

 

Não permitam que haja algo mais importante que a família na vossa vida.

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