segunda-feira, 22 de junho de 2009

O Solitário

Com uma rosa na mão, vagueio pela noite, perdido entre lágrimas e momentos de solidão, surge um raio de luz que me faz deixar cair tudo o que seguro, tudo o que me fazia pensar que já não adianta lutar. As lágrimas pararam e pude finalmente pensar num dia com manhã, tarde e noite a cores.
Eis que no meio da luz algo se começa a formar, parece ser um pessoa, estatura média/baixa, cabelo aos caracóis e um grande sorriso, aproxima-se toca-me com sua mão pequena e frágil, com um toque capaz de despertar o universo, deixando-me a sonhar que tudo o que passara não voltará a acontecer, que agora tenho conforto e aconchego. Deixo-me encantar pela bela melodia das suas palavras sussurradas com o maior dos cuidados para não ser ouvida por mais ninguém e ao ser embalado, deixo cair uma última lágrima sobre a rosa caída, ao mesmo tempo que me conforto num abraço perdido pela noite, agora bela e agradável.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Dói o querer abraçar e não haver ninguém, o querer falar e não ter ninguém, querer amar e não existir ninguém para ser amado.
Agora percebo o significado do poema: “amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer 1” sim, as coisas tornam-se claras quando o resto está escuro.
Os sentimentos são as coisas mais complicadas que o ser humano tem para gerir, tudo o resto não passa de brincadeira de crianças, tudo o resto é simples, tudo o resto é banal…

1- Luís de Camões